A ''Comunicação Não-Violenta'' (CNV) é um modelo desenvolvido por Marshall Rosenberg que busca que os povos se comuniquem de maneira eficaz e com empatia. Enfatiza a importância de expressar com observações, sentimentos, necessidades e ordens de clareza uns aos outros, de maneira que evitem uma linguagem classificatória que rotule ou enquadre os interlocutores ou terceiros.
Aqueles que usam uma comunicação não-violenta (chamada também de "comunicação empática") consideram que todas as ações estão originadas numa tentativa de satisfazer necessidades humanas, mas tentativas de fazê-la evitando o uso do medo, da falha, da vergonha, da acusação, da coerção ou das ameaças. O ideal da CNV é que para ter necessidades, desejos, anseios, esperanças não sejam satisfeitos às custas de outra pessoa. Um princípio-chave da comunicação não-violenta é a capacidade de se expressar sem usar julgamentos de "bom" ou "mau", do que está certo ou errado, porque é essa a razão do acento em expressar sentimentos e necessidades é posta, em vez de críticas ou juízos de valor.
Rosenberg, como psicólogo clínico de formação, aplicou o modelo de comunicação não-violenta em programas da paz em Ruanda, Burundi, Nigéria, Malásia, Indonésia, Sri Lanka, Oriente Médio, Sérvia, Croácia e Irlanda. A teoria tem muito em comum com conceitos usados dentro da mediação e definição dos conflitos e é usada por alguns mediadores em seu trabalho.
Rosenberg escolheu a comunicação conhecida como "não-violenta" para falar aproximadamente da filosofia de Mohandas Gandhi do ahimsa (ou não-violência). Não obstante, ao contrário de Gandhi, Rosenberg aprovava o uso defensivo da força - para evitar feridas, mas não com sentido punitivo, ou seja, uma força aplicada com a intenção punir ou machucar alguém por um último fato. Rosenberg afirma que esse desejo de punir e o uso de medidas punitivas existe somente nas culturas que têm visões moralistas do mundo, que usam as categorias de bom e mau. Ele diz que os antropólogos descobriram culturas em muitas partes do mundo em que a idéia de que alguém é "mau" não faz nenhum sentido e que tais culturas tendem a ser pacíficas.
WikipédiaDomingo 11 DE JANEIRO de 2009
das 10h00 às 17h30
Workshop-PROGRAMA:
A linguagem desresponsabilizante bloqueia a consciência de que somos responsáveis pelos nossos pensamentos, sentimentos e acções. Ela está na raiz de muitos dos problemas actuais. A questão é: se essa linguagem visivelmente não funciona, como transformá-la?
Este curso irá apresentar:
1. As componentes da Comunicação Não-Violenta (CNV): Observação – Sentimento – Necessidade – Pedido / Acção
2. As duas vertentes da CNV: Expressão + Empatia
3. As 4 formas de comunicarmos.
4. Quatro amigos que é importante ouvir: Ira, depressão, culpa e vergonha.
No final, os participantes deverão ser capazes de distinguir:
· Sentimentos pessoais de sentimentos alheios;
· Necessidades não-satisfeitas de culpa do outro por aquilo que sentimos;
· O que é um pedido específico e concretizável de uma exigência agressiva com menores hipóteses de ser correspondida.
· A diferença entre ouvir e escutar. Saber expressar-se em CNV.
· A diferença entre a nossa comunicação e a dos outros (estímulo Versus causa).
Público: Este é um curso aberto a todas as pessoas que queiram (re)aprender a comunicar. Especialmente se é pai/mãe e/ou professor e se preocupa com a forma como os seus filhos / alunos comunicam, esta é uma oportunidade de conhecer um processo transformador nas relações em família, na escola e na empresa.
Dirigido por: Patrícia Alexandra Dias
É formadora de Comunicação Não-Violenta e fundadora da Academia de Comunicação «Acalentar Emoções». É licenciada em Comunicação Social pelo ISCSP (UTL) e fez a sua especialização em Comunicação Não-Violenta em Birmingham (Reino Unido) com o formador certificado Chris Warren (Shantigarbha). Segue o modelo da Comunicação Não-Violenta (CNV) do Dr. Marshall Rosenberg, complementado e adaptado por Thomas d’Ansembourg. Trabalha com pais, filhos, professores, alunos e empresas na (re)educação para uma nova forma de comunicar. Amante de Línguas e Literaturas, preconiza a força do movimento da Não-Violência, começando em cada um de nós nas pequenas e grandes atitudes do dia-a-dia.
Local: UBP – Rua da Restauração nº463, 2º PORTO
Contribuição: €25