Livres Juntos
“O indivíduo contemporâneo corre atrás da felicidade. Só raramente a apanha por muito tempo. Porque se a finalidade da corrida é muito claramente fixada – realizar-se a si próprio -, em contrapartida, a natureza exacta do exercício continua a ser difusa. É uma corrida solitária para que o indivíduo aprenda, ao longo do seu caminho, estando só, a ser ele próprio? É uma corrida em equipa que permite a cada um dar o melhor de si próprio através de uma saudável emulação? O corredor contemporâneo não sabe. Por isso, oscila: quando está em equipa, em casal, sonha poder escapar-se a fim reencontrar a sua independência. Tem medo, ao ficar com o seu parceiro, de se perder a si próprio na comédia dos papéis que o fazem desempenhar. Quando está só, sente-se livre – valor absoluto – mas receia não conseguir, nestas condições estar no melhor da sua forma. Esta oscilação é visível no crescimento das fases da vida em conjunto e de vida só. A separação e o divórcio são um dos meios a nossa disposição para fazer o ponteiro no outro sentido, para acreditarmos que somos capazes de passar sem o outro, que o si só permanece a si. A entrada na «vida solo» (J.-CKaufmann, 1999) traz encanto e desencanto, a independência é incontestável. Mas não é suficiente, é «meio» e não o «fim».
Assim, o paradoxo do individualismo contemporâneo leva os adultos a sonharem com uma vida que cumula, ao mesmo tempo – e não sucessivamente – momentos de solidão e momentos de comunidade, de uma vida que autoriza a estarem juntos e a permitir que cada um esteja só, se o quiser. Por meio de ensaios e erros, tentam levar uma vida dupla: não no sentido de duas vidas conjugais, mas no sentido de uma vida conjugal associada a uma vida pessoal.” Grato a François de Singly.
Assim, o paradoxo do individualismo contemporâneo leva os adultos a sonharem com uma vida que cumula, ao mesmo tempo – e não sucessivamente – momentos de solidão e momentos de comunidade, de uma vida que autoriza a estarem juntos e a permitir que cada um esteja só, se o quiser. Por meio de ensaios e erros, tentam levar uma vida dupla: não no sentido de duas vidas conjugais, mas no sentido de uma vida conjugal associada a uma vida pessoal.” Grato a François de Singly.
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JÁ DIZIA O GURU L`ORÉAL: " PORQUE VOCÊ MERECE"
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