Levedura de Cerveja
A levedura de cerveja é um alimento precioso e um remédio milenar. Já assim a considerava Hipócrates, o “Pai da Medicina”, bem como os monges das confrarias medievais, que a empregavam nas curas de muitos males, principalmente nas chagas e furunculoses.
As leveduras são fungos ascomicetos, cogumelos microscópicos, que se multiplicam ordinariamente por gemação, conformando, assim, longas fiadas de células (cada uma é um ovóide com a dimensão de 8 a 10 milésimas de milímetro), como as contas de um rosário.
Provindo do malte, e não da madeira e celulose , assegura as proteínas necessárias e completas em todos os aminoácidos, sendo, por isso, ideal para os que não se alimentam de carne.
Propriedades
Está particularmente indicada nos casos de diabetes (devido ao alto teor em glutatião 2), furunculose, acne e demais problemas de pele, gravidez, anemias, atrasos de crescimento e desenvolvimento, afecções do sistema linfático (intoxicações, infecções), arteriosclerose, doenças artríticas, alcoolismo. É um excelente reconstituinte e protector do sistema nervoso. Possui acção reguladora das glândulas endócrinas, como a tiróide, o pâncreas, as supra-renais, as gónadas. É um tónico geral, cardíaco e circulatório. Favorece a assimilação dos alimentos, equilibra e regenera a flora intestinal e é um notável protector hepático (indicada nos estados pré-cirróticos e nas degenerescências adiposas do fígado). É muito adequada aos desportistas, aumentando-lhes a resistência, favorecendo o trabalho muscular e promovendo a eliminação de toxinas residuais. Mostra-se ainda mais eficaz e equilibrada que o germe de trigo, um “alimento-rei” na nossa alimentação. Estudos comparados, em numerosos produtos de nutrição, revelaram que nenhum outro apresentava uma tal combinação tão perfeita, e sob forma tão assimilável, de substâncias nutritivas importantes ou raras.
Composição
A levedura de cerveja é rica em proteínas (45 a 50%) muito digeríveis, possuindo todos os aminoácidos indispensáveis à vida (histidina, arginina, lisina, triptofano, alanina, leucina, isoleucina, cistina, cistaína, glicina, ácido aspártico, ácido glutâmico, fenilalanina, treonina, metionina, tirosina, valina, prolina, serina, etc), glúcidos, auxonas (complexo T), vitaminas (sobretudo do grupo B) e minerais (principalmente fósforo, ferro 3, potássio, cálcio, magnésio, silício, cobre, zinco, selénio, crómio, alumínio). Possui, igualmente, em quantidades consideráveis, lípidos (5 a 20%: estearina, palmitina, ácido aracínico), lecitinas, numerosos esteróis (os principais: ergosterol 4, zimosterol…), enzimas ou diástases (zimases, invertina, maltase, fosfatases…).
Modo de Emprego
Em pó: Como alimento, usa-se misturada nas saladas, nas sopas, nas hortaliças estufadas, fritas ou cozidas (cerca de uma colher de sobremesa, para crianças; uma ou duas das de sopa, para adultos). Emulsionada em azeite, pode barrar fatias de pão, substituindo, com vantagem, o queijo ou a manteiga. Existe, à venda, levedura isenta de sódio, para as dietas sem sal. Para manter a sua integridade, não deve ser cozinhada mas, sim, misturada nos outros alimentos, “em cru”, ou pode polvilhar-se, como se faz com o queijo ralado.
Como regime dietético, toma-se regularmente, nas três refeições principais, uma colher de sobremesa de levedura, dissolvendo num pouco de líquido.
Em comprimidos ou cápsulas: Como manutenção, e em geral, tomam-se 6 comprimidos ou cápsulas distribuídos pelas três refeições principais (ou de acordo com a prescrição específica referida na embalagem).
Nos tratamentos de fundo e nas crises agudas (casos de reumatismo e doenças artríticas, furunculose, etc), são indicados 12 comprimidos diários, 4 no final de cada refeição. A mesma quantidade deve adoptar-se nos regimes de combate à Obesidade mas tomada cerca de dez minutos antes de cada refeição.
Nos casos de Obstipação (prisão de ventre), tomar 10 a 12 comprimidos junto com o pequeno-almoço.
Quem tenha uma vida muito sedentária, pode, com vantagem, fazer uma “Cura de Levedura” de três semanas (21 dias) em cada estação do ano.
Naturalmente, fazemos notar que nas doenças já instaladas (agudas ou crónicas) a levedura não deve substituir-se ao tratamento prescrito pelo médico, unicamente devendo ser considerada um adjuvante.
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