Como se planassem no ar, seis bailarinos entram pelo salão principal de uma antiga estação de trem em Istambul, na Turquia, para uma apresentação pública. Em fila indiana, posicionam-se ao centro. Vestem saias rodadas e coletes de lã. Sobre as cabeças, chapéus cônicos em tons pastéis. Cruzam os braços diante do peito e começam a incorporar falas de uma oração, embalados por uma música hipnótica. De repente, eles, os dervixes rodopiantes, entram em transe. E não param de rodar.
A palma da mão esquerda é voltada para a terra. A da direita, para o céu. A idéia é transformar o corpo em um fio condutor entre os dois universos.
A cabeça e os braços leves dão a sensação de que orquestram o movimento contínuo de todo o corpo. Os dançarinos parecem alcançar um estágio alucinógeno, quase um plano superior, enquanto rodopiam. Na parada, fixam-se lentamente, como se ignorassem a vertigem.
Adeptos mais famosos do sufismo, braço místico do islamismo, os dervixes são fiéis a seu mestre, o poeta Jelaleddin Rumi. O nome vem de "suf" (lã, em árabe) por conta de os primeiros sufistas terem feito voto de pobreza e usarem roupas ásperas desse tipo de pêlo. Acreditam que a dança, chamada sema, promove comunhão direta e em êxtase com Alá.
By Roberto de Oliveira
Revista da Folha
A palma da mão esquerda é voltada para a terra. A da direita, para o céu. A idéia é transformar o corpo em um fio condutor entre os dois universos.
A cabeça e os braços leves dão a sensação de que orquestram o movimento contínuo de todo o corpo. Os dançarinos parecem alcançar um estágio alucinógeno, quase um plano superior, enquanto rodopiam. Na parada, fixam-se lentamente, como se ignorassem a vertigem.
Adeptos mais famosos do sufismo, braço místico do islamismo, os dervixes são fiéis a seu mestre, o poeta Jelaleddin Rumi. O nome vem de "suf" (lã, em árabe) por conta de os primeiros sufistas terem feito voto de pobreza e usarem roupas ásperas desse tipo de pêlo. Acreditam que a dança, chamada sema, promove comunhão direta e em êxtase com Alá.
By Roberto de Oliveira
Revista da Folha
1 Comments:
o sufismo merecia ser mais conhecido, usam como símbolo um coração alado! e tem uma teo-filo-sophia muito viva e interessante:
http://5-essencia.blogspot.com/2009_03_01_archive.html
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