O SUDÃO é o maior país do continente Africano e uma antiga colónia britânica que sofreu, desde praticamente a independência, uma guerra entre o norte (maioritariamente árabe e que tem vindo a ser governado por partidos que assentam a sua autoridade no crescente fundamentalismo religioso) e o sul (de população maioritariamente africana e um longo passado de exploração pelo norte relacionada com o comércio de escravos).
DARFUR: é uma região (com uma dimensão semelhante à da França), situada no oeste do Sudão, que antes da colonização inglesa era independente de Cartum. Durante a guerra entre o norte e o sul, o exército de Cartum (norte) utilizou os jovens do Darfur como manancial de soldados africanos utilizados para combater os grupos armados do sul muitas vezes através do rapto de crianças e jovens nas aldeias. Todavia, a região foi relativamente poupada pela guerra e assistia até há pouco tempo a uma coexistência pacífica entre os pastores nómadas árabes e a população de etnia africana.
O GENOCÍDIO: Em 2003 os ímpetos independentistas motivados pelos progressos no caminho de independência do sul ganharam expressão no Darfur, com algumas acções esporádicas de grupos militares rebeldes. Em resposta, o governo de Cartum iniciou uma intervenção utilizando o aparelho de guerra entretanto desocupado com a paragem das hostilidades no sul e contando com o apoio de militares de países como a Arábia Saudita e a Líbia, apostados em impor a Charia e o fundamentalismo islâmico no Sudão. Paralelamente iniciou uma campanha fumentando o ódio étnico e racial, armando as populações de pastores árabes (politicamente mais fáceis de controlar e manipular por Cartum) e financiando as razias às populações africanas.Ante os olhos passivos da comunidade internacional, o Governo de Cartum deu inicio a uma radical operação de limpeza étnica. Estima-se em mais de 3.000 o número de ataques a comunidades e aldeias destas milícias armadas e mantidas pelo governo (a uma média de cerca de 60 ataques por mês!) e entre 200.000 e meio milhão de vítimas mortais.
O FACTO: Muitas campanhas locais e internacionais de opinião pública tem sido ganhas recorrendo a algo tão simples como a pressão dos cidadãos junto dos responsáveis políticos, feita através de cartas dirigidas a quem pode decidir.
FAZER A DIFERENÇA: Podemos ter uma acção efectiva na defesa da população do Darfur, subscrevendo e fazendo circular uma petição dirigida à Presidência Portuguesa da União Europeia e que deverá chegar até 30 de Novembro à morada indicada.
PETIÇÃO e PETIÇÃO ON-LINE
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