Mika
**RELAX:TAKE:IT:EASY**
urba-tribe
Fácil? Nem tanto. O problema é conseguir obter a celulose, um processo simples para os insectos que dela se alimentam diariamente em grandes quantidades mas complicado quando a questão é extraí-la por vias artificiais. A celulose é uma molécula forte por natureza. Desenvolveu-se como uma espécie de portecção das células das plantas, quando estas fizeram a ´mudança`dos oceanos para terra firme, há cerca de 400 milhões de anos. Outro problema é que a resistência desta molécula torna dificil a introdução das enzimas, de forma a desdobrar a celulose nos açucares para a fermentação. Mas, acima de tudo, o custo de todo o processo impede a visão de um futuro em que as plantas ´dão gás` aos automóveis. E não é por falta de investimento. Este ano, grandes multinacionais como a BP anunciaram um investimento de mais 300 milhões de euros nesta forma de desenvolver combustível. E o esforço vai ser feito em conjunto com um instituto criado para o efeito e duas universidades. À medida que vão caindo os mitos sobre o etanol obtido a partir do milho, por exemplo- uma fonte de combustível «mediocre», segundo alguns especialistas americanos - a celulose vai sendo um argumento mais forte. E mais verde: não seria necessário, para o efeito, continuam os defensores, arrancar todas as flores do planeta para sustentar uma produção que saciasse a procura. A fonte deste combustível é muito prosaica. Da mais simples relva a outros vegetais não usados nas culturas ou na alimantação, seria possivel continuar a lógica cromática dos nossos tempos: que o mundo se mantenha verde.
Ricardo Nabais in SOL